Agosto é o mês do Folclore. Há uma variedade muito grande de temas que podem ser trabalhados: lenda e mitos, simpatias, festas, crendices... Conforme a idade dos alunos, é preciso cuidar com as lendas e o mitos, estes podem ser inadequados, pelo forte conteúdo que apresentam.
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29 de julho de 2007
28 de julho de 2007
Homenagem aos Pais
Ser pai é apenas ter filhos: um, dois, quatro ou mais? Não. Ser pai é muito mais. É uma arte feita de pequenos atos de heroísmo.
Ser pai é olhar para o pátio, com a cabeça recostada no batente da porta, e sorrir feliz com o jogo de “amarelinha” que as crianças disputam na calçada.
Ser pai é descer ao nível dos filhos e brincar com eles como criança, virar bicho, cabra-cega, cavalinho, galinha-d’angola e até jacaré que se arrasta.
Ser pai é passar a mão pelos cabelos da criança, dizendo-lhe uma frase de carinho sugerida pela emoção do momento.
Ser pai é abraçar, apertado, o filho na saída de casa e, depois, na chegada.
Ser pai é comprar um chocolate e trazê-lo de surpresa para os filhos que o esperam.
Ser pai é pedir ao filho que abra a boca para mostrar os dentinhos, e depois descobrir que precisam de retoques num dentista.
Ser pai é olhar para o termômetro às três da manhã, e sair com o filho nos braços em direção ao médico de confiança.
Ser pai é verificar as tarefas, e acompanhar a vida escolar dos filhos em reuniões pedagógicas.
Ser pai é renunciar na mesa de refeição, diante da televisão e mesmo momentos de diversão.
Ser pai é trabalhar com seriedade para que não falte nada em casa.
Ser pai é, às vezes, calar quando se tem o impulso de gritar.
Ser pai é conversar, quando as preocupações e o cansaço empurram para a acomodação num cantinho de silêncio.
Ser pai é sorrir, quando se tem vontade de chorar.
Ser pai é ouvir, quando a vontade é de falar.
Ser pai é desligar-se da televisão, quando os filhos têm algo a dizer.
Ser pai é observar as reações das crianças no dia-a-dia do seu crescimento.
Ser pai é ensinar a criança a admitir as próprias limitações e estimular sua boas tendências.
Ser pai é ensinar o respeito a todos os seres humanos, sem distinção de cor, raça, posição social, política ou religiosa.
Ser pai é valorizar a liberdade, e apresenta-la aos filhos como alimento do espírito.
Ser pai é estabelecer regras sem se deixar levar pela prepotência.
Ser pai é manter a dignidade diante da própria consciência para que os filhos compreendam a importância dos princípios morais.
Ser pai é inclinar a própria cabeça diante do sobrenatural, e conviver com os bens de consumo na sua dimensão de transitoriedade.
Ser pai, por fim, é muito mais uma questão de exemplo que de conversa.
Lembrança para o Dia dos Pais
Aves
Os dinossauros surgiram na Terra há 230 milhões de anos. Durante 165 milhões de anos multiplicaram-se e dominaram o ambiente do planeta Terra. Desapareceram há 65 milhões de anos de forma ainda não conhecida com exatidão. A vida já havia surgido há pelo menos 3 bilhões de anos antes dos grandes répteis.
O primeiro evento foi o surgimento da vida no mar. Em seguida a vida se diversificou: surgiram os peixes e outros animais que a gente conhece ainda hoje. Há uns 350-400 milhões de anos, a vida saiu dos oceanos e começou a conquistar o continente. Nessa passagem mar-terra, criaram-se os anfíbios, os répteis e mamíferos. A vida vegetal também se diversifica. Quando os primeiros dinossauros despontaram, já existia a vida bastante evoluída, mas muito diferente de hoje.
Durante a maior parte do reinado dos dinossauros, as florestas eram predominantemente verdes e compostas de samambaias e coníferas (campos). Nessa época, não havia grama como a gente conhece. Havia samambaias gigantes, que serviam de alimento para os dinossauros herbívoros. Os grandes répteis viveram 40 milhões de anos após o surgimento dos vegetais floridos.
No tempo dos dinossauros o clima era mais homogêneo e quente. Não existiam as calotas polares. As temperaturas médias dos pólos ficavam em torno dos 15 graus positivos e atualmente essas temperaturas se situam em torno de zero a -2ºC. Como não havia gelo no pólos, existia maior disponibilidade de alimentos para os dinossauros herbívoros e, conseqüentemente, mais carne para os carnívoros.
A formação dos continentes era muito diferenciada. Todas as massas continentais estavam unidas, formando a PANGÉIA. Em torno de 200 a 210 milhões de anos atrás, a Pangéia começou a se separar. Viemos a saber disso através de estudos. Algumas rochas, como as lavas, conservam vestígios e os geólogos podem calcular o lugar onde elas foram derramadas.
Em que local teriam surgido os primeiros dinossauros? Há boas evidências de que foi no Hemisfério Sul, numa área que hoje se divide entre África do Sul e América do Sul, onde estão identificados registros fósseis de 220 a 230 milhões de anos. Até o momento, já foram identificadas 350 espécies de dinossauros, mas esse número é apenas uma pequena parte.
É um pouco difícil imaginar hoje, como era o dia-a-dia dos grandes répteis. Podemos dizer que eram vertebrados e viviam em áreas continentais, próximas de rios e lagos. Havia dinossauros herbívoros, carnívoros, necrófagos (que se alimentavam de carcaças) e onívoros (que comiam de tudo).
Não foi a ação do homem que extinguiu os dinossauros há 65 milhões de anos. Nós nem existíamos naquela época. Talvez uma erupção vulcânica, ou a queda de um meteorito gigante tenha levantado uma nuvem de fumaça que envolveu o Planeta Terra por dezenas de anos, impedindo os raios solares, sem os quais as plantas não puderam sobreviver. Morrendo as plantas, morreram também os dinossauros herbívoros, como também os dinossauros carnívoros que se alimentavam dos dinossauros herbívoros.
O homem surgiu há 5 milhões de anos. Os dinossauros já haviam desaparecido da face do Planeta há 60 milhões de anos. Mas, alguns poucos dinossauros restaram e lentamente se modificaram para acabarem como hoje são: tartarugas, jacarés, lagartos, cobras, lagartixas e principalmente as aves em geral, como por exemplo a galinha.
CURIOSIDADE
Os cientistas calculam que um ovo dos maiores dinossauros tinha o tamanho de uma bola de futebol e se parecia muito com um ovo de tartaruga das de hoje, descendentes dos dinossauros. Tudo indica que um só ovo dos grandes dinossauros daria para alimentar uma família de cinco ou seis pessoas. A carne dos dinossauros lembraria a carne do jacaré.
ESCALA DE TEMPO
5 bilhões de anos – Formação do Planeta Terra.
3 bilhões de anos – Aparecimento da vida no Planeta Terra.
1 bilhão de anos – Surgem os organismos mais complexos: anfíbios, répteis e mamíferos.
230 milhões de anos – Aparecimento dos dinossauros na Terra.
65 milhões de anos – Desaparecimento dos dinossauros na Terra.
5 milhões de anos – Aparecimento do homem na Terra.
200 anos – Inauguração da era Industrial
ATIVIDADE:
Leitura
Escrever os numerais do texto em algarismos arábicos e romanos
Desenhar uma história em quadrinho servindo-se do texto “Escala do Tempo”
A GALINHA REIVINDICATIVA
Em certo dia de data incerta, um galo velho e uma galinha nova encontraram-se no fundo do quintal e, entre uma bicada e outra, trocaram impressões sobre como o mundo estava mudando. O galo, porém, fez questão de frisar que sempre vivera bem, tivera muitas galinhas em sua vida sentimental e agora, velho e cansado, esperava calmamente o fim de seus dias.
_ Ainda bem que você está satisfeito _ disse a galinha _ E tem razão de estar, pois é galo. Mas eu, galinha, posso estar satisfeita? Não posso. Todo dia pôr ovos, todo semestre chocar ovos, criar pintos, isso é vida? Mas agora a coisa vai mudar; pode estar certo que vou levar uma vida de galo, livre e feliz. Há já seis meses que não choco e há uma semana que não ponho ovo. A patroa se quiser que arranje outra para esse ofício. Comigo não, violão!
O velho galo ia ponderar filosoficamente que galo é galo e galinha é galinha e que cada ser tem sua função específica na vida, quando a cozinheira, sorrateiramente, passou a mão no pescoço da doidivanas e saiu com ela esperneando, dizendo bem alto: “A patroas tem razão: galinha que não choca nem põe ovo só serve mesmo é pra panela”.
VOCABULÁRIO;
doidivanas – imprudente, adoidava
específico – próprio
filosoficamente – com razões, com motivos
frisar – realçar, destacar
função – encargo, dever
jornada – duração do trabalho diário
oficio – trabalho, ocupação
trocar impressões- trocar idéias, trocar opiniões
sorrateiramente – disfarçadamente, manhosamente
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
RESPONDA:
1- Dentre as personagens da fábula, qual a principal? Por que?
2- Como você define a personalidade da galinha?
3- Caracterize o galo.
4- O que a galinha quis dizer com a expressão “vida de galo”?
5- Explique a expressão: “Comigo não, violão!”
6- Como você interpreta a moral do texto: “Um trabalho por jornada mantém a faca afastada”?
7- A fábula faz uma crítica à sociedade. A que se pode comparar a galinha e o galo? Por quê?
8- O significa “reivindicar?
9- O que você reivindica? Por quê?
10- Quais os seus direitos?
11- Quais os seus deveres?
A ARANHA E A ANDORINHA
Queixava-se a aranha a Júpiter, e com sua vozinha lamuriosa dizia:
_ Ouve-me, grande Júpiter e atende a minha queixa. Já não sei o que fazer; a andorinha rouba-me toda a provisão; sempre a esvoaçar, roçando pelas águas e por tudo, vem a imprudente à minha porta tirar-me as moscas da teia. Muitas eu teria guardadas se essa maldita ave não m’as roubasse.
A andorinha não prestava a menor atenção à aranha, pois seus filhinhos implumes viviam a reclamar alimento, obrigando-a a correr de um lado para outro a fim de apanhar moscas e insetos para seu sustento; enquanto isso, a aranha mais não fazia do que cuidar do seu próprio estômago.
Portanto, Júpiter não atendeu a queixosa e a andorinha, nas suas andanças, passou um dia e com a ponta da asa carregou a teia e com ela também a aranha que pendia de uma ponta.
La Fontaine tenta explicar a moralidade desta fábula assim: “Neste mundo, pôs Júpiter duas mesas para cada estado; o hábil, o forte e o esperto, banqueteiam-se na primeira, e os fracos comem na segunda os seus restos.
1- Transformar o texto A andorinha e a aranha numa história em quadrinho.
2- Confecção de um origame de uma andorinha. Click no link
POEMINHA DO CONTRA
“E todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho
Eles passarão...
Eu, passarinho!”
(Mário Quintana)
A GALINHA PRETA
Estava-se no fim do jantar de família. Prato de resistência: galinha ensopada. Dona Glorinha, que até então nada dizia, interrompeu a balbúrdia geral.
_ Estava muito bom, obrigada: gostei muito mesmo, embora prefira galinha frita.
Uma das sobrinhas explicou:
_ frita não dava, a galinha era muito velha.
_ Muito velha... _ ecoou Dona Glorinha _ Não me digam que foi aquela galinha preta!
_ Foi, sim _ confessou a sobrinha.
Dona Glorinha ergueu-se e correu para o banheiro, com as mãos no estômago. Ao voltar, não se conteve, desabafou:
Mas vocês! Como é que vocês não compreendem que era impossível, que eu não podia comer uma galinha que conheço pessoalmente!
QUINTANA, Mário. Sapo Amarelo...
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
1- Dramatizar o texto.
2- Desenhos para colorir.
A Gralha Azul
Vamos apresentar este símbolo, Gralha-Azul
Lei 7957/84 – SEED - PR
Palestra com ornitólogo
Visita a um zoológico
Visita a um criadouro legalizado
Visitas a locais preservados
Gravação de cantos da Gralha-Azul
Desenho e pintura de paisagens
Plantio de araucárias
Fotografia de gralhas e pinheiros
Produção de poemas
Paráfrase de músicas inspirando-se no texto
Produção de teatro
Desenhos inspirados no texto
Artesanato com cascas de pinhão e folhas de pinheiro
Receitas culinárias feitas com pinhão
Encerrar com apresentação dos trabalhos ao público escolar ou convidado (Teatros – músicas – poesias – sons da Gralha-Azul – artesanatos - desenhos – fotografias - alimentos feitos com pinhão, etc)
Epopéia
Deus no Pago - Ed. Sulina
puro sangue, cor prateada,
com uma mancha rajada
cobrindo-lhe todo o espinhaço.
Bico mais forte que o aço,
galo do tiro certeiro,
que nunca deixou rinhedeiro
amargurando fracasso.
Me foi dado já maduro,
calejado de peleias
mas corria em suas veias,
sempre um sangue efervescente,
igual a do tipo valente
que despeito de arrogância,
sempre pronto em vigilância,
para um combate iminente.
Por não ter com quem pelear,
serviu na reprodução,
pra deixa uma geração
que seguisse a sua trilha
qual cerna de coronilha
que não se dobra por nada
e permanece encrustada
no topo de uma coxilha.
Da cruza com uma jacu
preta forte elegante,
nasceu uma pinto gigante,
cor da mãe, sangue do pai.
No lote se sobressai
aquele preto graúdo,
com um porte macanudo
de peledor que cai.
Tornau-se logo um franguito,
cantava batendo as asas,
e, em seguida ensaiava
um avançar impetuoso,
e no correr sinuoso,
via um galo corpulento,
arrojado, violento,
seria também, vitorioso.
Do pai, herdou valentia;
da mãe a serenidade.
Esbanjava agilidade
e altivez permanente.
E eu deduzi, claramente,
que todo o índio agressivo
tem um lado positivo:
é o reagir prontamente.
Bastava estalar os dedos,
pra merecer atenção.
E se lhe estendesse a mão,
ficava mui submisso;
parecia um compromisso
a sua total obediência.
Fazia até referência,
e eu me orgulhava disso.
Foi criado em liberdade
como dono do terreiro,
havia um branco, de raça,
que não queria trapaça
por pretensa hegemonia.
E pra demonstrar valentia,
fazia grande arruaça.
Por entre ripas da cerca,
os dois galos se toreavam.
E se nunca se puavam.
foi por não ter condição.
Mas numa desatenção,
o pacato galinheiro
transformou-se em rinhadeiro,
e resolveu-se a questão.
Meu galo agüentara muito
deboche, provocação.
Fiel a mim seu patrão,
mostrava nada entender.
Mas chega um dia que o ser
perde a calma, vira bicho,
esquece norma e capricho,
nem que tenha que morrer.
Foi tal a carnificina.
Meu frango com menos peso,
batoque, sem pua, mas teso,
largou o branco correndo.
E depois cantou dezendo:
- foi só pra te ensinar!
Eu sei, não devo matar
quem está quase morrendo.
Que te sirva de lição,
de um modo de ensinamento;
grave bem no pensamento
que minha raça tem brio,
tem fibra; jamais caiu.
Por isso de hoje em diante,
neste terreiro não cantes,
nem quero que dês mais um pio.
Meu pai me dera o direito,
mas me fora sentenciado.
Ele havia concordado
que o frango fino eu criasse.
Mas que também eu cuidasse,
pois mandaria matá-lo
se algum dia este meu galo
com o seu branco brigasse.
Cumpriu-se então a sentença,
Meu galo sacrificado
por ter vencido sua rinha.
A tradição se mantinha,
milenar, inflexível,
desta estirpe imbatível
que desde a origem vinha.
Foste a página virada
A sentença foi cumprida
em toda a sua versão.
Se manteve a tradição,
só um galo, companheiro!
cantou no nosso terreiro,
foi meu pai Velho João.
Gênero épico: quando temos uma narrativa de fundo histórico; são os feitos heróicos e os grandes ideais de um povo o tema das epopéias. O narrador mantém um distanciamento em relação aos acontecimentos (esse distanciamento é reforçado, naturalmente, pelo aspecto temporal: (os fatos narrados situam-se no passado). Temos um Poeta-observador voltado, portanto, para o mundo exterior, tornando a narrativa objetiva. A objetividade é característica marcante do gênero épico. A épica já foi definida como a poesia da "terceira pessoa do tempo passado".
SUGESTÃO DE ATIVIDADE:
1- Transformar o texto numa epopéia em prosa.2- Ilustrar a figura do galo usando diferentes materiais, por exemplo: linha, lã, barbante, tecido, recortes de revistas ou jornais, sementes, serragens, flores, penas, cascas de ovos, folhas secas, areia...
3- Exposição dos textos e da ilustração do galo.
Textos para reflexão
Disparate
Escreva cada uma das perguntas num papel com linhas. Distribua uma pergunta para cada aluno. Um aluno não deve saber a pergunta do outro. Os alunos deverão escrever uma resposta, limitando-se ao que foi perguntado.
Quem é ele? (escreva o nome de alguém conhecido)
Quem é ela? (escreva o nome de alguém conhecido)
Como ele estava? (Imagine como – descreva-o)
Como ela estava? (Imagine como - descreva-a)
Onde eles estavam? (Imagine o lugar – descreva-o)
Quem chegou? (Diga o nome de alguém conhecido)
O que ele disse: (Imagine - Seja criativo)
O que disse o último que chegou? (Imagine - Seja criativo)
O que ele fez? (Imagine – Seja criativo)
O que ela fez? (Imagine) – Seja criativo)
O que aconteceu com ele? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
O que fez o último que chegou? (Imagine) – Seja criativo)
O que aconteceu com ela? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
14- O que aconteceu com o último que chegou? (Imagine algumas ações) (Obs: Não vale dizer que morreu)
Após a escrita, os alunos poderão ler os textos ou colar o texto em mural ou papel craft, seguindo a ordem das perguntas.
24 de julho de 2007
Dia do amigo
Pedacinhos de tempo
que vivemos com cada pessoa.
Não importa a quantidade de tempo
que passamos com cada amigo,
mas a qualidade do tempo
que vivemos com cada pessoa.
Cinco minutos podem ter uma importância
muito maior do que um dia inteiro...
Marice Piffer
um tesouro e talvez seja até mais;
pois um amigo é sempre alguém que traz
mais consistência a nós: por existir.
Um tesouro é inerte e tanto faz
qual sentimento estamos a curtir
Um tesouro não tem como influir.
O amigo é diferente: ele é capaz
de se alegrar conosco ou de sofrer
quando estamos sofrendo.
Um bom amigo
eu hei de conservar sempre comigo
a fim de me escutar e compreender
a fim de, se eu errar, me aconselhar
e, se eu cair, do chão me levantar.
23 de julho de 2007
Mocotó
MOCOTÓ
Vinte e cinco de Julho é dia do aniversário do Município de Alto Piquiri. Pensei em escrever brevemente sua história, mas eu teria que pesquisar, aí mudei de idéia. Decidi escrever sobre o mocotó. Por causa da política, não vou entrar em detalhes, apenas que, como em qualquer cidade do interior, dois partidos disputam voto por voto as eleiçõe: são denominados popularmente por "Mocotó" e "Tiririca". A disputa fica acirrada, e as pessoas, muitas vezes, olham-se com uma certa rivalidade, que após às eleições ficam adormecidas até a próxima campanha política. É um assunto complicado que já causou muita discórdia, e não é este meu objetivo. Vou falar do mocotó de boi, para quem não sabe o significado, é o pé do boi, no sentido literal. No município há muitas fazendas de criação de gado para o abate, o que acontece num frigorífico local, propriedade do Prefeito Municipal.
O mocotó de boi tornou-se uma iguaria local muito apreciada. As pessoas de baixa renda o procuram nos mercados por ser de ótimo sabor, alto valor nutritivo e barato. Pelas mesmas razões, o caldo de mocotó também é servido em bares e na feira local. Durante as campanhas políticas é servido em reuniões populares.
Outra forma muito boa de se apreciar o mocotó é, principalmente no inverno, servindo um caldo bem temperado para reunir os amigos e celebrar a fraternidade. O interessante é que essas reuniões também recebem o nome de mocotó. Por exemplo: quando alguém quer convidar um amigo para uma dessas reuniões diz: - Vamos no mocotó hoje à noite na casa do fulano de tal?
É igualmente saborosa a geléia feita do mocotó, não aquela industrializada, mas a caseira, vendida de porta em porta, nos mercados e na feira-livre.
Faça o uso das RECEITAS DE MOCOTÓ e não se esqueça de convidar os amigos para saborearem juntos essas delícias.
Se um dia, você visitar esta cidade, não perca tempo, aprecie este prato local e coma de nossa geléia, você não vai se arrepender. Pela seu alto valor nutritivo, seu sabor exótico e seu preço popular, o mocotó bem que poderia ser considerado o prato típico de Alto Piquiri.
20 de julho de 2007
Dia da prima 2007
MOTIVOS PARA CELEBRAR
Depois de muitos anos, uma prima veio residir em minha cidade. Foi uma grande alegria, afinal eu passei a ter uma prima bem perto.
Chegou e se estabeleceu, teve duas filhas... Seu trabalho era numa escola e tinha a função de diretora.
Pesquisamos na Internet e não encontramos nada sobre o assunto, apenas sobre o dia do amigo, que tinha sido o dia anterior. Decidimos fazer uma decoupage de uma foto da prima criança. Era uma foto de sua formatura no curso primário. O resultado foi ótimo.
Minha irmã foi à floricultura e comprou um vaso de flores. Pediu para que fizessem a entrega à noite juntamente com a fotografia e um cartão. À noite, a moça da floricultura foi até à escola para concretizar a surpresa.
Ao receber o presente, minha prima ficou sem entender o porquê. Não era seu aniversário de nascimento ou casamento, nem dia das mães, do diretor, professor... Mesmo sem entender, recebeu as flores, abriu o presente e leu o cartão, onde estava escrito mais ou menos assim “ Maria Aparecida, pesquisamos, mas não encontramos nada sobre o dia da prima, por isso decidimos inventar esta data. Parabéns pelo Dia da Prima!” Era dia 21 de julho. É claro que ela riu muito. O curioso é que ela odiava a foto que enviamos, fato que nós ignorávamos.
Agora, todos os anos comemoramos o dia da prima, e, não menosprezando as demais primas, afirmo que Maria Aparecida é uma pessoa que faz tudo o que pode para vencer as intempéries. Desde muito jovem trava batalha com a diabetes. O açúcar é seu inimigo número um e a insulina é sua companheira inseparável, mas sabe cozinhar e fazer doces como ninguém. Seus bolos e tortas são disputadíssimos nos leilões das festas e quermesses. Sempre gostou de celebrar os bons momentos. Neste mês comemorou suas "Bodas de Prata" reunindo amigos e parentes. Neste dia tiramos esta foto com algumas das muitas primas.
Estendo a homenagem também às demais primas. Esta página narra o surgimento do dia da prima. Fica a sugestão, quem sabe você também tem alguma prima merecendo homenagem. Invente algo e a surpreenda, afinal, uma prima é mais que uma amiga.
Para todas as primas um grande