Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

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23 de dezembro de 2008

Meu Conto de Natal

Tenho o hábito de guardar meus desenhos. Ainda bem, assim posso contar um fato curioso sobre um desenho e mostrá-lo para você.
No final de 1993, decidi fazer um desenho que sugerisse o Natal. Eu o iniciei sem ter uma idéia clara do que eu queria. Deixe-me guiar pela inspiração. Aos poucos o desenho foi surgindo. Como era final do ano, a maioria dos alunos já estava aprovada para a série seguinte e apenas alguns se viam na difícil obrigação de comparecer assiduamente. Nessa época sempre sobra um tempinho para um rabisco enquanto eles fazem alguma atividade. Foi o que fiz: peguei meu desenho, que já estava praticamente concluído e com o maior cuidado fazia os últimos traços com caneta esferográfica.
O meu desenho tinha a intenção de mostrar o Natal na chama de uma vela que se ligava a um coração. Este coração era formado por dois pombinhos segurando uma flor no bico, ao mesmo tempo estes pombinhos lembravam José e Maria, de mãos postas, adorando o Menino Jesus, que desenhei perto das cabeças dos pombinhos. O menino Jesus eu o enxergava sobre uma cabeça humana, de cabelos longos e enfeitada nas laterais. Desse enfeite nascia a cauda de um cometa, onde aparecia o ano. 1993, o cometa subia até perto da chama da vela. Na parte inferior do desenho, raízes expostas, um tronco que subia até os pés do Menino Jesus. Na lateral, um braço apoiado sobre o tronco e as raízes. Sobre a mão uma árvore seca com raízes expostas também.

Era isso que eu via. Os poucos alunos que faziam a atividade da aula observavam silenciosamente, até que um se manifestou: - Professora, que bicho é esse? É um dragão? – Eu me justifiquei, mas o aluno insistiu na idéia, disse que via apenas um bicho muito feio, com chifres e uma enorme cauda, soltando fogo pela boca. Fiquei perplexa, como ele via algo tão feio onde eu via algo belo? Para encurtar a conversa, meu aluno tinha um ponto de vista totalmente diferente do meu. Eu girei o papel e pude ver que ele estava certo. Eu também vi o dragão. Veja-o você também!

Quinze anos depois, mexendo nos meus desenhos eu me lembrei do ocorrido e relacionei o fato daquele dia ao Natal. Vivemos uma época propícia para mudar nosso ponto de vista e nossas atitudes, época para abrir o coração e sair do egoísmo, da comodidade do nosso lugar. É tempo de solidariedade e de amor, de gestos benevolentes, de se colocar no lugar do próximo e ver suas necessidades. Um simples gesto pode fazer uma grande diferença na vida de alguém. Há pessoas esperando um pouquinho de nós, pode ser um abraço, um brinquedo usado, um quilo de alimento, uma palavra amiga. A caridade é a verdadeira face do amor. É imprescindível fazer algo em prol da humanidade. Se de onde estamos não conseguimos enxergar o que o outro precisa, é preciso ir até onde ele se encontra e fazer algo para amenizar as dificuldades das pessoas. Mas isso não se faz, se não acontecer um impacto, uma ruptura consigo mesmo.
O Natal requer uma mudança de postura para surgir uma renovação primeiro em nós. Essa renovação deve ser transmitida às demais pessoas. Que este Natal não seja apenas a passagem de mais uma data festiva entre tantas outras, mas a escolha de atitudes certas para conosco e para com o próximo.
Feliz Natal.

Mensagem de Natal


19 de dezembro de 2008

Embolada - Caju e Castanha


Leia sobre a "Embolada" no blog "NoLugar do Ouro"
Destaque para a dupla Caju & Castanha
A embolada é um gênero musical que teve origem no Nordeste brasileiro.

17 de dezembro de 2008

Curiosidades da Língua Portuguesa



É dito que o ser humano nasce, cresce, fica bobo e casa. Entenda o porquê vendo este anagrama do antes/depois do casamento.

Antes do casamento.

Ele: Sim. Custou tanto esperar por este momento.
Ela: Quer que eu vá embora?
Ele: Não! Nem pense nisso.
Ela: Você me ama?
Ele: Claro! Muito muito mesmo!
Ela: Alguma vez você me traiu?
Ele: Não! Porque você ainda pergunta?
Ela: Me beija?
Ele: Sempre que possível!
Ela: Algum dia você vai perder a paciência comigo?
Ele: Você está doida! De jeito nenhum!
Ela: Posso confiar em você?
Ele: Sim.
Ela: Querido!

Dez anos após o casamento.
Leia o texto de baixo para cima

Colaboração: Vera Lúcia de Cafelândia

14 de dezembro de 2008

Poeminha Sentimental




O meu amor, o meu amor, Maria
É como um fio telegráfico da estrada
Aonde vêm pousar as andorinhas...
De vez em quando chega uma
E canta
(Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
Canta e vai-se embora
Outra, nem isso,
Mal chega, vai-se embora.
A última que passou
Limitou-se a fazer cocô
No meu pobre fio de vida!
No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo
As andorinhas é que mudam.

Mário Quintana


BIOGRAFIA:
Mário Quintana, poeta gaúcho nascido em Alegrete, em 30 de julho de 1906, e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto Alegre. Trabalhou em vários jornais gaúchos. Traduziu Proust, Conrad, Balzac, e outros autores de importância. Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos, seu Primeiro livro de poesias. Ao que seguiram Canções (1946), Sapato Florido (1948), O aprendiz de Feiticeiro (1950), Espelho Mágico (1951), Quintanares (1976), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), A Vaca eo Hipogrifo (1977), Prosa e Verso (1978), Baú de Espantos (1986), Preparativos de Viagem (1987), além de varias antologias.

http://www.secrel.com.br






13 de dezembro de 2008

Convivência


"Dois homens sou - e não apenas um:

o verdadeiro, o real, o que saiu

das sábias mãos de Deus - simples, comum,

cheio de amor e de rancor vazio...


e este outro - que bem sei não é nenhum -

é o falso e o vão, que o mundo construiu,

e em vez do halo do bem, traz o debrum
da angústia! E essa mudança ninguém viu!



Na oposição dos dois padeço e vivo:
secreto e luminoso é o verdadeiro,

e o falso é bruma só, mas ostensivo...


E eis a tragédia que me dominou:

Sempre fui o que Deus me fez primeiro,

e o mundo apos me fez o que não sou!"


Pedro Vergara


7 de dezembro de 2008

Objetos Sagrados


Na última sexta-feira de novembro aconteceu uma Feira de Ciências na Escola Vinícius de Moraes, uma das três escolas onde lecionei este ano. Fica a uns doze quilômetros de minha casa, e, para chegar até lá, só comendo poeira ou amassando barro, pois não há asfalto. E não sou a única, os demais professores também fazem o mesmo. O ano inteiro, todas as segundas-feiras, eu ministrei uma aula. Isso mesmo, eu viajei 24 quilômetros (ida e volta) para ministrar uma aula por semana. A escola fica numa cidadezinha chamada Saltinho do Oeste. Este pacato e tranqüilo vilarejo tem apenas três quarteirões asfaltados, uma praça pequena com uma igreja no centro, uns dois ou três armazéns, onde se vende de tudo um pouco, e o prédio escolar.
Apesar da dificuldade de locomoção, eu gostei muito de fazer parte de seu corpo docente, e nada me impediu de que eu participasse, juntamente com a professora Filomena, da Feira de Ciências, com uma exposição de Objetos Sagrados. A professora Filomena ficou responsável pela 5ª série e eu pela 6ª série. Nossa parceria foi perfeita. Apesar da precariedade, o resultado foi ótimo, e superou nossas expectativas. A intenção era expor objetos sagrados de muitas religiões, mas isso não ocorreu porque a maioria da população é Católica, de forma a maioria dos alunos só trouxe para a exposição objetos do catolicismo. 

Patativa do Assaré

Um poeta sertanejo



Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro. Uma das principais figuras da poesia oral nordestina brasileira do Século XX. Leia sobre sua vida e obra no blog "No Lugar do Ouro".

4 de dezembro de 2008

Halo solar



Um telefonema me avisou para olhar o céu. Era minha filha Marcia. Vejam que lindo presente recebemos esta tarde! Um fenômeno chamado "halo solar". Pesquisando, encontrei a explicação. Ele se forma quando a luz do sol incide sobre nuvens com cristais de gelo, fazendo com que ocorra refração, quando a luz se dispersa e sejam observadas cores como em um arco-íris. Ocorre com nuvens muito altas, geralmente cirrus, na parte mais alta da troposfera.