Há tempos deixei de abastecer este Blog, mesmo assim ele continua ativo, servindo de inspiração para muitos professores. Se você chegou até aqui, saiba que os conteúdos aqui postados são aulas que preparei para mim. Eu não quis guardar minhas experiências, pois sei que a maioria dos professores não têm muito tempo. Aproveite. Blog criado em 18/09/2006

TRANSLATE

Busque arquivos antigos

31 de dezembro de 2009

Feliz 2010

25 de dezembro de 2009

24 de dezembro de 2009

Gloria in excelsis Deo!





14 de dezembro de 2009

Não esqueça o principal


..........................................................................................

Uma lenda antiga conta a história de uma mulher pobre com o filho no colo, que ajuntava lenha no bosque. Uma voz misteriosa fez-se ouvir: “Apanhe tudo o que puder, mas não esqueça o principal!” E, espantada, viu-se abrir a porta de uma gruta cheia de tesouros. Teria cinco minutos para apanhar o que quisesse. Havia montanhas de moedas de ouro, diamantes, rubis, colares... Ela colocou a criança no chão e começou a encher, primeiro os bolsos, depois o avental. Amarrou a blusa e fez uma espécie de bolsa e colocou nela mais tesouros. O tempo estava se esgotando, ela saiu feliz da gruta e a porta fechou-se para sempre. Ela estava rica e feliz. Mas logo deu-se conta da tragédia: esquecera o filho – O principal – na gruta.


REFLEXÃO:

Quais são nossas prioridades?

Que escala de valores temos, não na racionalidade, mas na prática?

Como ocupamos nosso tempo em função das prioridades que dizemos ter?

Na prática, podemos esquecer o principal, como dizia a voz misteriosa?

E o tempo corre veloz. A porta da gruta – a porta da vida – pode se fechar para sempre, o que sobrará: tesouros ou miçangas? Valores ou ilusão?



MENSAGEM:

A cada dia devemos recordar: podemos e devemos correr em busca de nossos sonhos, mas não esqueçamos o principal.


Aldo Colombo – Correio Riograndense – 02/12/2009

5 de dezembro de 2009

Os sapos

Os sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- "A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

Manuel Bandeira in "Estrela da Vida Inteira"


SUGESTÃO:

1- Leitura em forma de jogral.